quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

O silêncio cai como uma metáfora.
Há o silêncio das palavras.
Há o silêncio das ações.
Todos os dias escolhemos.

Calar ou agir?

sábado, 23 de julho de 2016


Terrorismo de quem?

Não nasceu pensando em matar.
Matar se tornou saída do anonimato.
Nada mais que um jovem.
Com qual futuro pela frente?

O futuro era o presente.
Há anos consumindo a alma de seus ancestrais.
Podia ser qualquer coisa, mesmo em míseras oportunidades.
Foi que? Quem conseguiu ser?

Ser alguém para se lembrar, ser realmente gente.
Um status, um paraíso onde chegar.
Não só no Oriente Médio.
Em todo ocidente há a neurose de gente querendo ser gente.

Num mundo organizado para gerar seres desorganizados.
Consumidores alucinadamente desejantes.
Privam a uns, exploram a outros.
Escravizam bilhões e nos fazem de tolos.

Em pleno deserto ou no deserto da cidade.
No deserto do capitalismo selvagem.
Onde mulheres custam um dote.
Onde um dote não cabe no bolso, sem nem bolso...

Desemprego e desespero.
Na mesma prisão invisível que estamos.
E diuturnamente reclamamos.

Vivendo apertados sem um ideal na estrutura piramidal.
Sente o gosto da vida cerceada, mas, não vê a grade fechada.
Apertado em alojamento chamado de casa, gaiola fechada.
Com barras invisíveis prendem a alma que paira triste.

Lutar contra o sistema tendo o presente ausente.
Olhar para frente e ver este tipo de gente.
Em pleno mal estar da civilização.
Civilizada, domesticada, amansada, pacatada., controlada.

 Dopada...
Embriagada...

Terrorismo produzido, permitido.
Alavancado pela pobreza e exclusão de um mundo sem visão.
Proclamam o fim da história e a nefasta trajetória.
Da má distribuição tendo encontrado a vitória em suas mãos.

Controle é peça chave, nos investigam nos invadem.
Lutar contra com terror é alimentar o opressor.
Que com desculpa de proteção tira os direitos de nossas mãos.
E pelas lutas legítimas seremos monitorados.

Alimentados como gado, engordados e vigiados.
Mais uma vez voltam o golpe contra nós.
Armam-se contra o terror, legislam contra o terror.
E nós vivemos o terror, permitido pelo dito protetor.

Caso agora mundo a fora nossos direitos formos protestar.
Estarão eles em seu lugar de vigiar e punir mantendo a ordem da desordem.
Quão satisfatório é o terror para o mercado armamentista.
Paro o lobby que encontra na mídia oportunista fundamento a sua investida.

Plantam o medo e colhem dinheiro.
Investem errado para dar certo.
Armam a polícia contra o protesto.
E o militar não pode protestar.

Era só uma pessoa, que queria ser alguém.
Que pelo terror se tornou alguém.
Mesmo já sendo alguém.
Porém, alguém que não tem, ou seja, ninguém.

André Luiz Joaquim de Oliveira,

Juiz de Fora, 24 de Julho de 2016 02:00

domingo, 10 de julho de 2016

Poesia engajada

Toda obra de arte
se dá,
História e economia.
Toda obra de arte
se produz,
Braço e engrenagem.
No galpão, no palco,
Na fábrica, na sala,
No livro, no contracheque.
Trabalho de quem a trabalho de quem?
Quem tira a dúvida do herói sem ninguém?
A arte não se faz no espaço vazio.
Arte não se faz pela arte.
É fome para a fome.
Minha vida.
O Silêncio

Uma estratégia de sobrevivência?
Uma covardia frente as questões da vida?
Uma ataraxia, impertubabilidade da alma?
Uma arma nesta ideologia?

O poder a favor da ditadura das aparências?
Parecer estar bem?
Uma revolta interna?
Uma omissão?

Uma paz...
Minha?
Só minha?

Silencioso e quieto numa guerra?
Até quando?
Fingir e temer?
Recusar entender?



terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

 O Risco do Silêncio, poesia engajada.
                                               
            Um livro que virou um blog.
       
            Nesta obra, busquei através da arte refletir sobre o lugar da arte.

           Convido artistas e apreciadores das artes a assumirem uma postura crítica diante da realidade, indagando se há postura no mundo isenta de influência na realidade, seja ela qual for. 
           
       Em um mundo marcado fundamentalmente pela desigualdade e exploração de pessoas e recursos. Ofereço este espaço e esta obra frutos de minha vida e indagações com a esperança de fomentar a dúvida (salutar), sobre nossa postura com relação às instituições e hábitos culturalmente aceitos. 
          Ofereço um bocado de filosofia, sociologia e teologia em forma de poesias. Convidando o(a) leitor(a) a questionar por vários ângulos os pontos de vista ideologicamente repassados por vários meios sociais.

            Sair do silêncio fica como o convite feito pela vida após o silêncio da eternidade.

Vamos?